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sexta-feira, 23 de setembro de 2016

Projeto de intervenção pedagógica

Tema: Inclusão escolar: capacitação de professores

1- INTRODUÇÃO

1.1 – Problema  

Os fundamentos teórico-metodológicos da inclusão escolar centralizam-se numa concepção de educação de qualidade para todos, no respeito à diversidade dos educandos. Assim, por conta das mudanças propostas, faz-se necessária a importância da preparação de profissionais e educadores, em especial o professor das séries regulares, para o atendimento das necessidades educativas das crianças com deficiência.

Na medida em que a orientação inclusiva implica um ensino adaptado às diferenças e às necessidades individuais, os educadores precisam estar habilitados para atuar de forma competente junto aos alunos inseridos, nos vários níveis de ensino.

O que se tem colocado em discussão é a ausência de formação especializada dos educadores para trabalhar com o aluno com deficiência, e isso se constitui em um sério problema na implantação da política da inclusão.

1.2 – Justificativa

O presente projeto de intervenção visa oferecer aos professores e demais componentes da comunidade escolar, assim como seus familiares, uma capacitação para trabalhar com os alunos com deficiência.

Modificar o espaço físico garantindo a acessibilidade e inserindo essa criança dentro da sala de aula com os demais alunos ditos “normais”, não quer dizer que de fato a mesma esteja participando ativamente do processo de ensino-aprendizagem.

De acordo com Bueno (1999), “dentro das atuais condições da educação brasileira, não há como incluir crianças com necessidades educativas especiais no ensino regular sem apoio especializado, que ofereça aos professores dessas classes, orientação e assistência”. Assim a educação inclusiva é aquela que oferece um ensino adequado às diferenças e às necessidades de cada aluno e não deve ser vista lateralmente ou isolada, mas como parte do sistema regular.

A formação de professores é um aspecto que merece ênfase quando se aborda a inclusão. Muitos dos futuros professores sentem-se inseguros e ansiosos diante da possibilidade de receber uma criança com necessidades especiais na sala de aula. Há uma queixa geral de estudantes de pedagogia, de licenciatura e dos professores: “Não fui preparado para lidar com crianças com deficiência” (LIMA, 2002, p.40).

Diante desse quadro, torna-se importante que os professores sejam capacitados a fim de atender às especificidades apresentadas pelos alunos, uma vez que a formação deficitária traz sérias conseqüências à efetivação do princípio inclusivo.

1.3 – Objetivos

1.3.1 – Objetivo geral

Desenvolver a capacitação de professores, familiares e demais pessoas da comunidade escolar para o trabalho com alunos que possuem necessidades educacionais especiais.

1.3.2     – Objetivos específicos

·         Estabelecer ações e programas de formação continuada dos profissionais da educação, desenvolvidos articuladamente entre as Instituições de Ensino Superior e as escolas públicas de educação básica, de forma a assegurar o direito dos alunos portadores de necessidades educacionais especiais.

·         Contribuir com os sistemas de ensino na implementação da política de formação dos professores como sujeitos do processo educativo, pautada em uma concepção de formação inicial e continuada que contemple a tematização de saberes e práticas em um contexto de desenvolvimento profissional permanente.

·         Consolidar uma política de educação de alunos com deficiência por meio da socialização de conhecimentos.



2– DESENVOLVIMENTO

·         Oferecer cursos de capacitação para os envolvidos no processo de ensino-aprendizagem do aluno com deficiência.

·         Promover oficinas com os professores para montar materiais que podem ser utilizados para facilitar o aprendizado do aluno com deficiência.

·         Garantir o acesso de toda comunidade aos espaços ofertados pela escola, como a sala de Atendimento Educacional Especializado (AEE)

·         Promover seminários, palestras e materiais didáticos sobre o tema da inclusão escolar.

3- METODOLOGIA

3.1- Cronograma

O projeto se desenvolverá ao longo do ano com os profissionais da educação e comunidade e o enfoque se dará na reflexão da prática pedagógica e possíveis mudanças nas ações na sala de aula e demais espaços escolares.

                Ano                                                                                                                                         

Atividades
2017
Sem.
Sem.
Reunião com professores para expor o projeto
  X
Reunião com funcionários e família
  X
Palestra sobre o tema
  X
Curso de capacitação com palestrante convidado
  X
  X
Acesso da comunidade à sala de AEE
  X
  X
Confecção de material de apoio pedagógico (oficinas)
  X
  X
Discussão dos resultados

 X

3.2- Pessoal envolvido

O projeto terá a participação de todos os professores da escola, demais funcionários, equipe gestora (diretores, coordenadores e supervisores) e familiares de todos os alunos.

3.3- Recursos necessários

·         Verba para a realização das oficinas, podendo ser levantada através de campanhas elaboradas pela comunidade escolar e familiares.
·         Material para confecção de pranchas informativas, tais como: cartolina, caneta hidrocor, cola, tesoura, figuras e régua.
·         Retroprojetor e computador para as palestras e cursos de capacitação.
·         Banners e folders informativos.


4 – RESULTADOS ESPERADOS

Através do presente projeto, espera-se que a equipe gestora consiga envolver a todos inseridos no processo de ensino-aprendizagem na realização de um trabalho satisfatório que alcance o sucesso da inclusão dos alunos portadores de necessidades educacionais especiais.

O projeto não irá solucionar todos os problemas que envolvem o tema abordado, mas será um ponto de partida para um melhor trabalho, garantindo que esses alunos tornem-se ativos e capazes dentro da sociedade a qual estão inseridos.



5 - REFERÊNCIAS
BUENO JGS. Educação especial brasileira: integração /segregação do aluno diferente. São Paulo, EDUC/PUCSP, 1999.


LIMA PA. Educação Inclusiva e igualdade social. São Paulo; AVERCAMP, 2002.


Por Danielle Galvão


Uma breve reflexão sobre o texto "Concepção de infância e literatura infantil", do autor José Nicolau Gregorin Filho


O texto de Gregorin traz a discussão de quando a literatura infantil passou a existir. Segundo o autor, foi somente a partir do século XVIII que passaram a escrever textos voltados para crianças, uma vez que antes do referido século, não existia infância.

De acordo com Gregorin, embora se tenha pensado em uma literatura infantil, o conteúdo, composto por muitos contos de fada, era voltado para a transmissão de valores morais que contribuíssem para a educação da criança e, mesmo assim, só tinha acesso a esse material os pertencentes às classes altas.

Nos dias atuais, a literatura infantil ainda é pensada e utilizada de maneira educativa. Gregorin ressalta que na Lei de Diretrizes e Bases (LDB), houve a criação dos Temas Transversais, que deveriam ser abordados em discussões na sala de aula e, para tanto, criou-se grande quantidade de livros literários com temas de ética, pluralidade cultural e diversidade.  


O que se percebe é uma maneira de moldar esses jovens leitores aos parâmetros da sociedade, deixando de lado a magia das histórias infantis, privando a criança de soltar sua imaginação, contrariando o que se propõe o conto “Pirlimpsiquice”, de Guimarães Rosa, escrito para ocasionar ao seu leitor um mundo novo, com nova realidade, sem intenção de moldar o sujeito para enfrentar a sociedade na qual está inserido.

Por Danielle Galvão