O
texto de Gregorin traz a discussão de quando a literatura infantil passou a
existir. Segundo o autor, foi somente a partir do século XVIII que passaram a
escrever textos voltados para crianças, uma vez que antes do referido século,
não existia infância.
De
acordo com Gregorin, embora se tenha pensado em uma literatura infantil, o
conteúdo, composto por muitos contos de fada, era voltado para a transmissão de
valores morais que contribuíssem para a educação da criança e, mesmo assim, só
tinha acesso a esse material os pertencentes às classes altas.
Nos
dias atuais, a literatura infantil ainda é pensada e utilizada de maneira
educativa. Gregorin ressalta que na Lei de Diretrizes e Bases (LDB), houve a
criação dos Temas Transversais, que deveriam ser abordados em discussões na
sala de aula e, para tanto, criou-se grande quantidade de livros literários com
temas de ética, pluralidade cultural e diversidade.
O
que se percebe é uma maneira de moldar esses jovens leitores aos parâmetros da
sociedade, deixando de lado a magia das histórias infantis, privando a criança
de soltar sua imaginação, contrariando o que se propõe o conto “Pirlimpsiquice”,
de Guimarães Rosa, escrito para ocasionar ao seu leitor um mundo novo, com nova
realidade, sem intenção de moldar o sujeito para enfrentar a sociedade na qual
está inserido.
Por Danielle Galvão
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