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quarta-feira, 26 de julho de 2017

Artes visuais segundo o PCN

Segundo o PCN Arte (1997), a educação em Arte deve propiciar essencialmente o desenvolvimento do pensamento artístico e da percepção estética do aluno, pois desenvolve a sensibilidade, a percepção e a imaginação, no que diz respeito as diversas formas artísticas quanto com relação a maneira de apreciar e conhecer as produções e diferentes culturas da humanidade. Portanto, o ensino da Arte como condição formativa, conduz a criança à descoberta de sua individualidade, bem como amplia sua visão de mundo multicultural e, então, a Arte traduz-se em comunicação, onde a criança seleciona aspectos de seu meio os quais se identifica, assim como os organiza e os ressignifica conforme o contexto sócio-cutural que interage.

Martins (1998), também, diz que “o processo de ensino-aprendizagem em arte envolve ações implícitas nas várias categorias do aprender / ensinar, como objetivos a serem alcançados quanto à aprendizagem de fatos, conceitos, procedimentos, valores, atitudes e normas” (p. 139-140).

Nesse enfoque salienta-se, também, Ferraz & Fusari (1999, p.20) quando dizem que é indispensável que o plano de estudos em Artes Visuais tenha noções a respeito da Arte produzida e em produção pela humanidade, incluindo artistas, obras, espectadores, comunicação dos mesmos e a própria autoria artística e estética de cada aluno com relação a formas visuais, sonoras, verbais, corporais, cênicas, audiovisuais. Assim, é preciso trabalhar o fazer artístico em desenho, pintura, gravura, modelagem, escultura, música, dança, teatro, vídeo, etc., sempre articulado e complementado com as vivências e apreciações estéticas da ambiência cultural

As visualidades citadas no parágrafo acima permitem aos alunos expressarem-se e comunicar-se entre si de várias formas, uma vez que é possível usá-las de modo particular em inúmeras possibilidades. A educação em artes visuais exige um trabalhão atualizado sobre os conteúdos e experiências relacionados aos materiais, às técnicas e às formas visuais de vários momentos da história, incluindo os momentos contemporâneos.

A educação visual não pode deixar de lado a complexidade de uma proposta educacional que considere as possibilidades e os modos de os alunos transformarem seus conhecimentos em arte, ou seja, a maneira como aprendem, criam e se desenvolvem em artes visuais.

É importante levar em conta os elementos que compões as artes visuais, tais como ponto, linha, plano, cor, luz, movimento e ritmo para se criar e perceber as formas visuais. As articulações desses elementos nas imagens origina em uma configuração de códigos que se modificam ao longo dos tempos. As normas de formação das imagens podem ser apreendidas pelos educandos como conhecimento e aplicação prática recriadora e atualizada em seus trabalhos, à medida que seus trabalhos forem acontecendo.

No que tange ao ensino de artes visuais, conclui-se que é imprescindível levar em conta as técnicas, procedimentos, informações históricas, produtores, relações culturais e sociais que permeiam a experiência que trará suporte às suas representações sobre arte. Estas representações se modificam ao longo do tempo, à medida que o processo de aprendizagem avança.

  
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação nº 9394. República Federativa do Brasil, 20 de dezembro de 1996. _______. Ministério de Educação e Cultura. Secretaria do Ensino Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais – Arte. Brasília: MEC, 1997.

FERRAZ, Maria Heloisa C. e FUSARI, Maria F. de R. Metodologia do Ensino da Arte. 2ª edição. São Paulo: Cortez, 1999.

FUSARI, Maria F. de R. e FERRAZ, Maria Heloisa C. Arte na Educação Escolar. São Paulo:Cortez, 1993.


MARTINS, Miriam Celeste Ferreira Dias. Didática do Ensino da Arte: a língua do mundo: poetizar, fluir e conhecer a arte. São Paulo: FTD, 1998.

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