Segundo
o PCN Arte (1997), a educação em Arte deve propiciar essencialmente o
desenvolvimento do pensamento artístico e da percepção estética do aluno, pois
desenvolve a sensibilidade, a percepção e a imaginação, no que diz respeito as
diversas formas artísticas quanto com relação a maneira de apreciar e conhecer
as produções e diferentes culturas da humanidade. Portanto, o ensino da Arte
como condição formativa, conduz a criança à descoberta de sua individualidade,
bem como amplia sua visão de mundo multicultural e, então, a Arte traduz-se em
comunicação, onde a criança seleciona aspectos de seu meio os quais se
identifica, assim como os organiza e os ressignifica conforme o contexto
sócio-cutural que interage.
Martins
(1998), também, diz que “o processo de ensino-aprendizagem em arte envolve
ações implícitas nas várias categorias do aprender / ensinar, como objetivos a
serem alcançados quanto à aprendizagem de fatos, conceitos, procedimentos,
valores, atitudes e normas” (p. 139-140).
Nesse
enfoque salienta-se, também, Ferraz & Fusari (1999, p.20) quando dizem que
é indispensável que o plano de estudos em Artes Visuais tenha noções a respeito
da Arte produzida e em produção pela humanidade, incluindo artistas, obras,
espectadores, comunicação dos mesmos e a própria autoria artística e estética
de cada aluno com relação a formas visuais, sonoras, verbais, corporais,
cênicas, audiovisuais. Assim, é preciso trabalhar o fazer artístico em desenho,
pintura, gravura, modelagem, escultura, música, dança, teatro, vídeo, etc.,
sempre articulado e complementado com as vivências e apreciações estéticas da
ambiência cultural
As
visualidades citadas no parágrafo acima permitem aos alunos expressarem-se e
comunicar-se entre si de várias formas, uma vez que é possível usá-las de modo
particular em inúmeras possibilidades. A educação em artes visuais exige um
trabalhão atualizado sobre os conteúdos e experiências relacionados aos
materiais, às técnicas e às formas visuais de vários momentos da história,
incluindo os momentos contemporâneos.
A
educação visual não pode deixar de lado a complexidade de uma proposta
educacional que considere as possibilidades e os modos de os alunos
transformarem seus conhecimentos em arte, ou seja, a maneira como aprendem,
criam e se desenvolvem em artes visuais.
É
importante levar em conta os elementos que compões as artes visuais, tais como
ponto, linha, plano, cor, luz, movimento e ritmo para se criar e perceber as
formas visuais. As articulações desses elementos nas imagens origina em uma
configuração de códigos que se modificam ao longo dos tempos. As normas de
formação das imagens podem ser apreendidas pelos educandos como conhecimento e
aplicação prática recriadora e atualizada em seus trabalhos, à medida que seus
trabalhos forem acontecendo.
No
que tange ao ensino de artes visuais, conclui-se que é imprescindível levar em
conta as técnicas, procedimentos, informações históricas, produtores, relações
culturais e sociais que permeiam a experiência que trará suporte às suas
representações sobre arte. Estas representações se modificam ao longo do tempo,
à medida que o processo de aprendizagem avança.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação
nº 9394. República Federativa do Brasil, 20 de dezembro de 1996. _______. Ministério
de Educação e Cultura. Secretaria do Ensino Fundamental. Parâmetros
Curriculares Nacionais – Arte. Brasília: MEC, 1997.
FERRAZ, Maria Heloisa C. e FUSARI, Maria F.
de R. Metodologia do Ensino da Arte. 2ª edição. São Paulo: Cortez, 1999.
FUSARI, Maria F. de R. e FERRAZ, Maria
Heloisa C. Arte na Educação Escolar. São Paulo:Cortez, 1993.
MARTINS, Miriam Celeste Ferreira Dias.
Didática do Ensino da Arte: a língua do mundo: poetizar, fluir e conhecer a
arte. São Paulo: FTD, 1998.
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