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sexta-feira, 21 de julho de 2017

Relatório de Estágio

Este relatório possui a finalidade de registrar minha prática de observação do estágio curricular obrigatório do curso de Pedagogia na Educação Infantil e nos anos iniciais do Ensino Fundamental. Pretende-se, além de descrever um pouco a escola, enfatizar as aulas de educação física.

A escola é privada e fica localizada em um bairro da região metropolitana de Belo Horizonte. Oferece o ensino da Educação Infantil até o nono ano do Ensino Fundamental há mais de vinte e cinco anos.

A escola possui uma quadra pequena para a prática de atividades físicas. Todas as turmas tem Educação Física duas vezes por semana e somente as turmas do sexto ao nono ano do Ensino Fundamental tem um professor qualificado para a atividade. As aulas de Educação Física das turmas de Educação Infantil e primeiro ao quinto ano do Ensino Fundamental são ministradas por professores responsáveis pelas disciplinas conteudistas.

Dentro das práticas de atividades físicas, estão jogos como futebol, queimada e vôlei, alongamentos, corridas, dentre outras. Algo que me chamou a atenção foi uma imensa preocupação em resgatar com os alunos brincadeiras sadias que faziam parte da infância em anos anteriores, tais como rouba-bandeira e amarelinha.

Por ser uma instituição de ensino privada, há uma excessiva preocupação em passar todo o conteúdo disciplinar; por isso, os alunos não tem muito tempo para brincar no recreio. Dez minutos são destinados ao lanche e os dez restantes, às brincadeiras, onde o aluno pode fazer o que quiser, desde que não desrespeite as regras de convívio e conduta impostas pela escola. O recreio é realizado nas dependências externas da escola. Como o espaço não é muito grande, os alunos podem brincar na quadra sob supervisão de algum professor.

A Educação Física é considerada pelos pesquisadores da área como uma cultura humana, por que ela estuda e atua sobre um conjunto de praticas de movimentos ligados ao corpo criados pelo homem, sendo assim podendo ser referida como cultura do corpo, ou cultura de movimento, ou cultura física. A escola considera a Educação Física como cultura e enfatiza sua importância no ensino básico como as outras disciplinas, no desenvolvimento não só de aptidão física como também mental.

Para Melhem (2012), o objetivo principal de um professor de Educação Física é tornar sua aula o mais inclusiva possível, dando oportunidade de aprendizagem e respeitando o tempo e a forma de aprender que cada criança possui. Levando em conta os três campos de intervenção que são trabalhados na recreação: o conhecimento do corpo, o reconhecimento do espaço conjugado com a manipulação de diversos tipos de objetivo e a relação que o aluno tem com o outro.

O Ministério da Educação (MEC) traz na Lei de Diretrizes e Base (LDB, 1996) que a Educação Física é uma disciplina que tem relevante importância na formação do ser humano, por isso ela é obrigatória na grade curricular da educação básica em todo território nacional salvo nos casos previsto em lei. “A Educação Física, integrada à proposta pedagógica da escola, é componente curricular obrigatório da educação básica, sendo sua prática facultativa ao aluno, que cumpra jornada de trabalho igual ou superior a seis horas, maior de trinta anos de idade, que estiver prestando serviço militar inicial ou que, em situação similar, estiver obrigado à prática da Educação Física. Amparado pelo Decreto-Lei no 1.044, de 21 de outubro de 1969, que tenha prole”.

A criança já trás consigo algumas experiências vivenciadas no decorrer da infância, umas mais outras menos, dependendo muito dos contatos que tiveram com outras crianças, e a escola se mostrou muito atenta à essa questão,proporcionando brincadeiras que eram antes individuais e simbólicas para brincadeira agora social e com regras simples como pega - pega, esconde – esconde entre outras, brincadeiras que permitam que a criança vivencie vários movimentos dentro de algumas delimitações.

Brincadeiras com algumas regras permitem a criança alguns movimentos básicos como agarrar, lançar, desviar de obstáculos e outros movimentos simples.  Segundo Gallahue (2007) a criança nessa fase está em processo de mudanças no desenvolvimento motor, ela está entrando no primeiro estágio da fase dos movimentos especializados. A progressão para estágios mais amadurecidos de um padrão de movimentos fundamentais depende de vários fatores experimentais, incluindo oportunidades para a prática, encorajamento e ensino em ambiente propício ao aprendizado. 

Foram observadas a realização de atividades de pular corda com objetivo de trabalhar lateralidade, agilidade e flexibilidade. Futebol misto onde as equipes eram compostas por meninos e meninas com o objetivo de interação de ambos os gêneros na atividade proposta e locomoção. Pega - pega com objetivo trabalhar velocidade e agilidade. Lenço a trás com objetivo de desenvolver aspectos cognitivos como a atenção. Corrida de carriola com objetivo de trabalhar coordenação e a confiança nos colegas. Corrida de quatro apoios, com objetivo de trabalhar a coordenação motora, locomoção. Gato e rato com objetivo de trabalhar a percepção de espaço temporal, localização, trabalho em equipe, coordenação óculo visual. Atividades cantadas com movimentos como estatua com objetivo de volta a calma.

Durante o estágio observou-se que as atividades de Educação Física propostas pelo professor contemplaram grande numero de conteúdos estipulados pelo PCN obedecendo e respeitando a faixa etária de seus educandos e também respeitando as brincadeiras, jogos e atividades presentes na cultura regional.

O professor trabalha com muita criatividade os movimentos corporais dos educandos, tendo em vista que a escola fornece poucos materiais para o desenvolvimento das aulas de Educação Física. Assim, podemos considerar que as aulas de Educação Física da escola onde foi realizado o estágio são fundamentadas pelo PCN.

Concluis-se que o estágio supervisionado é a forma de aproximação dos conteúdos apresentados durante a formação acadêmica, vivenciando a realidade que se encontra dentro do âmbito escolar, sendo sua prática indispensável para a formação do profissional da educação

Referência bibliográfica

Brasil Ministério da Educação e Cultura. Brasília, 2013. Lei de diretrizes e bases, lei nº 9. 394, de dezembro de 1996, artigo 26. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm>.  Acesso em 11 maio 2016.

Brasil Secretaria de Educação Funtamental. Parâmetros Curriculares Nacionais. Educação física /Secretaria de Educação Fundamental. 5ª ed. Brasília: MEC/SEF. 2007. 

GALLAHUE DLJC, Ozmun JDG. Compreendendo o desenvolvimento motor: bebês crianças, adolescentes, e adultos. 7ª ed., dados eletrônicos – Porto Alegre: AMGH 2013; 58-78.


MELHEM, Alfredo. A prática da educação física na escola. Rio de Janeiro 2ª ed. Sprint, 2012.



















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