No
texto Ensino de Geografia: práticas e textualizações no cotidiano (2000),
Castrogiovanni, fala sobre alfabetização espacial e temporal. Ele define alfabetização
espacial como “construção de noções básicas espaciais de localização,
organização, representação e compreensão da estrutura do espaço elaboradas
dinamicamente pelas sociedades” (p. 11) – e porque não reafirmar: uma sociedade
de classes.
Por
alfabetização temporal entende “a construção das noções temporais, a
quantificação do tempo, a representação das categorias passado, presente e
futuro e a caracterização de épocas” (p. 14). Ao tratar da construção da noção
de espaço o autor aborda os conceitos de espaço vivido onde a criança até 2
anos inicia a construção da função simbólica e do espaço representativo formado
por um momento intuitivo e operativo) e, o espaço percebido.
Com
base na teoria de Piaget & Inhelder (1993), apresenta suas concepções de
relações espaciais topológicas (vizinhança, separação, ordem ou sucessão,
envolvimento ou fechamento e continuidade ou contínuo), de relações projetivas
(direita e esquerda, frente e atrás, em cima e em baixo, ao lado de) e relações
euclidianas, derivado dos anteriores (superfície, comprimento, distância,
relação de razão e proporção).
Piaget e Inhelder abordam três tipos de relações espaciais
que devem ser trabalhadas com a criança, são elas: primeiramente as topológicas
mais importantes e vai até os 07 anos aonde a criança vai percebendo essas noções
a partir do convívio com outras crianças. Em segundo lugar as projetivas que
significa projetar imagens, posição de lateralidade e de espaço. Em terceiro
lugar as euclidianas que é o estágio mais avançado, e é somente nesse nível que
a criança consegue aprender e compreender as relações métricas.
Visando
contribuir com a apreensão das noções espaciais no âmbito das relações
espaciais estabelecidas, ao final o autor propõe várias atividades didáticas
que abordam as questões tratadas no texto.
Nenhum comentário:
Postar um comentário