A crise na educação, segundo Arendt, é abordada por quatro
temas: o totalitarismo, a justiça, a política e a liberdade. A crise para ela é
o momento que as máscaras e os pressupostos caem; é a hora da modificação de um
processo. Ela afirma que a crise na educação se dá pelo fato de o professor ter
dificuldades em trazer os costumes antigos, a tradição e o velho para os dias
de hoje. No mundo moderno, é difícil impor autoridade e tradição quando estes
já não são os alicerces dos tempos atuais.
A autora acredita que a educação
deve ter fins previsíveis e que esta deve caminhar com a aprendizagem, pois do
contrário, torna-se vazia. É importante respeitar as crianças e tratá-las como
parte importante do mundo, e não largá-las de lado. Para Arendt, cabe aos
educadores se prepararem as crianças para modificar o mundo. A crise não é do
antigo é sobre o novo. Precisamos de ações coletivas, pois sem elas não há
avanços. Não há transformação sem ação dos sujeitos, do querer, da consciência
de si mesmo, do que é preciso para transformar a vida. A crise é desordem, a
subversão da ordem atual. Perdemos a memória, e o mundo está ágil.
A crise não é sobre o antigo, mas sobre o novo. Para vencê-la
precisamos de uma força coletiva. Necessitamos de ações coletivas, sem ela não
há avanços. Não há transformações se não houver transformação do sujeito, do
querer, da consciência de si mesmo, o que nós éramos e que somos hoje. Temos
que aprender, redescobrir a nossa identidade para restabelecer o grupo. A
teórica afirma que cabe à escola diferenciar o âmbito educacional dos demais
âmbitos, e deixar claro que a função da escola é ensinar como é o mundo
verdadeiramente, ao invés de ensinar a arte de viver.
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