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domingo, 3 de setembro de 2017

Tecnologia e Educação: desafios para o educador

As tecnologias de comunicação e informação que utilizamos diariamente, como a televisão, por exemplo, oferecem formas novas de aprendizagem: novas lógicas, competências e sensibilidades. Esses comportamentos são bem diferentes do processo linear, sistemático e previsível das aprendizagens em que predominam os aspectos supostamente racionais, privilegiados pelas formas regulares de ensino.

A distância existente entre as especificidades das aprendizagens realizadas a partir das mediações televisivas e as metodologias de ensino tradicionais de sala de aula constitui um grande desafio para o educador. Esse desafio pode ser encarado como um obstáculo intransponível. Diante dele a pessoa pode passar a ignorá-lo ou pode vê-lo como oportunidade para a realização de parcerias, integrando as práticas e os saberes escolares às possibilidades de aprendizagem oferecidas pela televisão.

As tecnologias da informação e da comunicação são intermediárias entre quem aprende e os conteúdos por elas veiculados. Recordações e posicionamentos pessoais dão um sentido peculiar à informação, Os acervos de lembranças e de conhecimentos vivenciados, ao serem recuperados, trazem à consciência a mensagem original e individualizada.

Assim, um mesmo som pode ser para uns entendido como "barulho" e para outros como "música". Diante de uma mesma história algumas pessoas sorriem e outras choram. São respostas afetivas individualizadas às provocações comunicacionais proporcionadas pela mídia de maneira geral. Nessas respostas emocionais há também um lado coletivo. A emoção pode provocar uma aproximação maior entre a informação e a pessoa. Um clima de identidade em que a pessoa funde suas próprias experiências e anseios na história contada por outrem, mesmo que essa história seja pura ficção.

Esse clima de identidade e empatia vivenciado como as imagens televisivas pode facilitar a adoção de "modelos de comportamentos", transferidos da narrativa do vídeo para a vida real. Modelos que precisam ser vistos com cuidado para não se afastar demais da realidade próxima das pessoas a quem o programa se dirige,

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