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sábado, 9 de setembro de 2017

O papel social do professor: uma contribuição da filosofia da educação e do pensamento freireano à formação do professor

Resumo

RUIZ, Maria José Ferreira. O papel social do professor: uma contribuição da filosofia da educação e do pensamento freireano à formação do professor. Revista Iberoamericana de Educación. Nº 33 (2003), pp. 55-70.

Ruiz (2003, p.55) inicia seu texto citando Gadotti (1998) que afirma que um novo bloco histórico está surgindo, deixando de lado o bloco hegemônico. Nesse caso, o papel profissional da educação precisa ser reformulado. Quando o povo tem acesso ao saber mais elaborado, ele tem condições de se proteger e se preparar para uma sociedade melhor.
          De acordo com a autora Maria José Ferreira Ruiz, todos os educadores precisam se adequar política e socialmente, notando as alternativas de ações culturais e sociais. Não há saber nem ignorância total. Todo saber, segundo Gadotti (1998), traz consigo sua própria superação.
          Ruiz (2003, p.57), afirma que é preciso que os profissionais da educação acreditem na mesma para que haja mudanças sociais e é necessário confiar nessas transformações.
          Segundo Ruiz (2003, p.58), para se atuar na área da educação, é preciso “tomar partido, assumir posições”. A autora diz que a filosofia pode contribuir para que a educação seja pensada, analisada e refletida, abandonar o “fazer por fazer” é imprescindível para tal ato.
          Ela cita Severino (2001), que buscou contextualizar o surgimento da filosofia da educação. Para ele, “a educação é considerada o único instrumento apropriado para a construção de uma sociedade laica e justa, gerenciada por um aparelho estatal que se inaugura a partir de um projeto político.”
          Ruiz (2003, p.60) afirma que a filosofia da educação deve se esforçar na elaboração da imagem do “homem como sujeito da educação”.
          Ruiz (2003, p.61) novamente cita Gadotti (1998) ressaltando que por causa da ditadura militar, o pedagogo se formou como um educador passivo, apolítico, técnico sem preocupações sociopolíticas, fora da realidade na qual é inserido. Aponta ainda que, segundo Gadotti (1998), o profissional da educação necessita questionar a realidade em que vive para elaborar transformações na sociedade.
          Assim como Maria José citou Gadotti (1998), citou também Paulo Freire, afirmando que a educação não é neutra. Ou se educa para o silêncio, ou se educa para formar um cidadão crítico, incapaz de permanecer calado.
          A autora Maria José Ferreira Ruiz (2003, p.24-25) afirma que a educação é um ato político. Há grande resistência por parte do corpo docente em aceitar as transformações. Ela usa Gadotti (1998) e Paulo Freire que dizem que existem quatro categorias que talvez contribuam para as transformações substanciais da educação: contradição, divergência, desobediência e desrespeito. Ambos teóricos não reduzem a educação ao ato político, mas concordam que, “apesar da política não dar conta de toda a complexidade pedagógica, ela não deve ser ignorada na esfera educacional.”

          Ruiz (2003, p.69) conclui seu texto dizendo que, embasados no discurso de Gadotti (1998), os professores devem querer participar da transformação da educação nesse novo mundo que está surgindo.

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