O presente texto tem o objetivo de
relatar a história e os principais fatos que marcaram o início de um dos mais
importantes veículos de comunicação em massa: o Rádio.
O rádio é um veículo de comunicação,
baseado na difusão de informações sonoras, por meio de ondas eletromagnéticas,
em diversas freqüências. Ele pode ser caracterizado como um meio essencialmente
auditivo, formado pela combinação do binômio: voz (locução) e música.
No inicio do século 19, vários físicos
passaram a utilizar as ondas eletromagnéticas para transmitirem sons. A água,
terra e até trilhas de trem foram usados para transmitir dados.
O rádio, entre os meios de comunicação
em massa, pode ser considerado o mais popular e o de maior alcance do público
no Brasil e no mundo. Isso se dá pela capacidade que o homem tem em ouvir a
mensagem sonora e falada simultaneamente e não ter de interromper as suas
atividades e se dedicar exclusivamente à audição.
Segundo dados do Ministério das
Comunicações, o Brasil possui aproximadamente 3.000 emissoras de rádio, distribuídas
aproximadamente em 50% para AM e FM.
Como todo meio de massa, a comunicação
pode ser caracterizada como pública, transitória e rápida. Ela é pública,
porque, na medida em que as mensagens não são endereçadas a ninguém em
particular, seu conteúdo está aberto ao critério público. Rápida porque as
mensagens são endereçadas para atingir grande audiência em tempo relativamente
curto, ou mesmo simultaneamente. Transitória, pois a intenção é de que sejam
consumidas imediatamente, não se destinando a registros permanentes,
naturalmente há exceções, como filmotecas, gravações etc.
As pesquisas e teorias sobre o rádio
começaram com Michael Faraday, que descobriu, em 1873, a indução magnética.
James C. Maxwell descobriu matematicamente a existência das ondas
eletromagnéticas diferente somente em tamanho, das ondas de luz, mas com a
mesma velocidade (300.000 Km/s). Outro personagem que marcou a história das
comunicações foi Thomas A. Edison quando, em 1880, descobriu que colocando em
uma ampulheta de cristal um filamento e uma placa de metal separada entre si e
ligando-se o filamento ao negativo e uma bateria e a placa ao positivo,
constatava-se a passagem de uma corrente elétrica da placa para o filamento e
nunca em sentido contrário.
Grande contribuição também foi dada
pelo professor alemão Henrich Rudolph Hertz, que comprovou na prática em a
existência das ondas eletromagnéticas, chamadas hoje de “Ondas de Rádio”. Suas
experiências basearam-se na teoria de Maxwell. Hertz descobriu que, ao fazer
saltar uma chispa em seu aparelho oscilador, saltavam também chispas entre as
pontas de um arco de metal colocado a certa distância denominado resonador.
Hertz demonstrou com essa experiência que as ondas eletromagnéticas possuem a
mesma velocidade que as ondas de luz. Em sua homenagem, as ondas de rádio
passaram a ser chamadas de “Ondas Hertzianas”, usando-se também o “Hertz” como
unidade de freqüência.
Em 1893, o padre, cientista e
engenheiro gaúcho Roberto Landell de Moura testa a primeira transmissão de fala
por ondas eletromagnéticas, sem fio. Graças a ele, a Marinha Brasileira
realizou, em 1 de março de 1905, diversos testes de mensagens telegráficas no
encouraçado Aquidaban. Todavia, o primeiro mundo reconhece o cientista
Guglielmo Marconi como o “descobridor do rádio”. Marconi, natural de Bolonha,
Itália, realizou em 1894 testes de transmissão de sinais sem fio pela distância
de 400 metros e depois pela distância de 2 quilômetros. Ele também descobriu o
princípio do funcionamento da antena. Em 1896 Marconi adquiriu a patente da
invenção do rádio, enquanto Landell só conseguiria obter para si a patente no
ano de 1900.
Inicialmente, o rádio foi usado para a
comunicação no transatlântico e para fins militares. Charles David Herrold, um
físico americano, no ano de 1909, cria a primeira base de rádio e a primeira
antena, que visava distribuir as ondas eletromagnéticas pelo local.
No inicio do século XX, descobriu-se
que o mineral Galena, era capaz de receber ondas eletromagnéticas. Diferente da
nossa época, o radio de galena ou de cristal, não precisava de pilhas ou uma fonte
de energia, apenas funcionando com as ondas recebidas. No decorrer do século
XX, o rádio ganhou
popularidade entre os países como um meio de entretenimento e para a comunicação.
O período ficou conhecido como a “Era do Rádio”.
Aos poucos o rádio foi diminuindo de
tamanho, graças ao Sony, a pioneira no inicio do século XX. Apesar de perder
popularidade para a televisão e outros meios comunicativos, muito da tecnologia
usada pelo rádio foi aderida nos outros aparelhos como celulares e até
satélites.
Conclui-se que quando o rádio surgiu,
ele representava simbolicamente a velocidade tecnológica no mundo globalizado
do início do século XIX. O desenvolvimento dos outros meios de comunicação se
deu graças ao avanço pioneiro do rádio, e ainda há muito que se esperar do seu
atual progresso.
Referência bibliográfica
TAVARES, Reynaldo. Histórias que o rádio não contou. São Paulo: Negócio Editora, 1997.
PRADO, Magaly. Produção
de rádio. São Paulo: Campus, 2006.
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