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terça-feira, 15 de agosto de 2017

A história do rádio

O presente texto tem o objetivo de relatar a história e os principais fatos que marcaram o início de um dos mais importantes veículos de comunicação em massa: o Rádio.
                                        
O rádio é um veículo de comunicação, baseado na difusão de informações sonoras, por meio de ondas eletromagnéticas, em diversas freqüências. Ele pode ser caracterizado como um meio essencialmente auditivo, formado pela combinação do binômio: voz (locução) e música.

No inicio do século 19, vários físicos passaram a utilizar as ondas eletromagnéticas para transmitirem sons. A água, terra e até trilhas de trem foram usados para transmitir dados.

O rádio, entre os meios de comunicação em massa, pode ser considerado o mais popular e o de maior alcance do público no Brasil e no mundo. Isso se dá pela capacidade que o homem tem em ouvir a mensagem sonora e falada simultaneamente e não ter de interromper as suas atividades e se dedicar exclusivamente à audição.

Segundo dados do Ministério das Comunicações, o Brasil possui aproximadamente 3.000 emissoras de rádio, distribuídas aproximadamente em 50% para AM e FM.

Como todo meio de massa, a comunicação pode ser caracterizada como pública, transitória e rápida. Ela é pública, porque, na medida em que as mensagens não são endereçadas a ninguém em particular, seu conteúdo está aberto ao critério público. Rápida porque as mensagens são endereçadas para atingir grande audiência em tempo relativamente curto, ou mesmo simultaneamente. Transitória, pois a intenção é de que sejam consumidas imediatamente, não se destinando a registros permanentes, naturalmente há exceções, como filmotecas, gravações etc.

As pesquisas e teorias sobre o rádio começaram com Michael Faraday, que descobriu, em 1873, a indução magnética. James C. Maxwell descobriu matematicamente a existência das ondas eletromagnéticas diferente somente em tamanho, das ondas de luz, mas com a mesma velocidade (300.000 Km/s). Outro personagem que marcou a história das comunicações foi Thomas A. Edison quando, em 1880, descobriu que colocando em uma ampulheta de cristal um filamento e uma placa de metal separada entre si e ligando-se o filamento ao negativo e uma bateria e a placa ao positivo, constatava-se a passagem de uma corrente elétrica da placa para o filamento e nunca em sentido contrário.

Grande contribuição também foi dada pelo professor alemão Henrich Rudolph Hertz, que comprovou na prática em a existência das ondas eletromagnéticas, chamadas hoje de “Ondas de Rádio”. Suas experiências basearam-se na teoria de Maxwell. Hertz descobriu que, ao fazer saltar uma chispa em seu aparelho oscilador, saltavam também chispas entre as pontas de um arco de metal colocado a certa distância denominado resonador. Hertz demonstrou com essa experiência que as ondas eletromagnéticas possuem a mesma velocidade que as ondas de luz. Em sua homenagem, as ondas de rádio passaram a ser chamadas de “Ondas Hertzianas”, usando-se também o “Hertz” como unidade de freqüência.

Em 1893, o padre, cientista e engenheiro gaúcho Roberto Landell de Moura testa a primeira transmissão de fala por ondas eletromagnéticas, sem fio. Graças a ele, a Marinha Brasileira realizou, em 1 de março de 1905, diversos testes de mensagens telegráficas no encouraçado Aquidaban. Todavia, o primeiro mundo reconhece o cientista Guglielmo Marconi como o “descobridor do rádio”. Marconi, natural de Bolonha, Itália, realizou em 1894 testes de transmissão de sinais sem fio pela distância de 400 metros e depois pela distância de 2 quilômetros. Ele também descobriu o princípio do funcionamento da antena. Em 1896 Marconi adquiriu a patente da invenção do rádio, enquanto Landell só conseguiria obter para si a patente no ano de 1900.

Inicialmente, o rádio foi usado para a comunicação no transatlântico e para fins militares. Charles David Herrold, um físico americano, no ano de 1909, cria a primeira base de rádio e a primeira antena, que visava distribuir as ondas eletromagnéticas pelo local.

No inicio do século XX, descobriu-se que o mineral Galena, era capaz de receber ondas eletromagnéticas. Diferente da nossa época, o radio de galena ou de cristal, não precisava de pilhas ou uma fonte de energia, apenas funcionando com as ondas recebidas. No decorrer do século XX, o rádio ganhou popularidade entre os países como um meio de entretenimento e para a comunicação. O período ficou conhecido como a “Era do Rádio”.

Aos poucos o rádio foi diminuindo de tamanho, graças ao Sony, a pioneira no inicio do século XX. Apesar de perder popularidade para a televisão e outros meios comunicativos, muito da tecnologia usada pelo rádio foi aderida nos outros aparelhos como celulares e até satélites.

Conclui-se que quando o rádio surgiu, ele representava simbolicamente a velocidade tecnológica no mundo globalizado do início do século XIX. O desenvolvimento dos outros meios de comunicação se deu graças ao avanço pioneiro do rádio, e ainda há muito que se esperar do seu atual progresso.



Referência bibliográfica

TAVARES, Reynaldo. Histórias que o rádio não contou. São Paulo: Negócio Editora, 1997.


PRADO, Magaly.  Produção de rádio. São Paulo: Campus, 2006.

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