O
capítulo retrata a questão da relação entre o guerreiro e sua vítima, sob a
perspectiva dos Araweté, tribo indígena da Amazônia oriental e que fala a
língua tupi-guarani.
O universo dos Araweté é fundamentado na
distinção entre a humanidade (Bide) e
a divindade (Mai). Essa diferenciação
é estabelecida através da divisão do céu e da terra. Embora os Araweté vejam os
Mai como nós, eles os tem como
inimigos, pois são ferozes e perigosos.
Os Araweté, por meio da figura do matador e da
fusão ritual de matador e vítima, remetem à discussão do que seria o socius araweté, onde a sociologia está mais
para um caso particular da cosmologia ou onde não há cisão entre a sociedade
e as esferas cósmicas, mas, ao contrário, é nas relações cosmológicas, nesse
caso com os deuses canibais, que as relações sociais são vividas em seu modo
forte.
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